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sábado, 2 de julho de 2011

Há ou não há bolha imobiliária no Brasil?

Há um razoável consenso entre os especialistas de que não houve, não há, nem haverá bolha imobiliária no Brasil. Estranhamente, essa opinião generalizada vem sempre acompanhada do lamento pela inexistência de dados e pesquisas específicos para o setor, de onde se pode concluir que a convicção dos técnicos decorre muito mais de sentimento que do estudo e acompanhamento sistemático do mercado.

Entretanto, a revista Exame.com listou 6 sinais de que a bolha está aí, pronta para explodir.

1. Os preços já subiram muito.
Segundo levantamento EXAME/Ibope,os preços dos imóveis subiram em média 24,7% nos últimos 12 meses em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. É a maior alta do mundo no período,segundo dados da consultoria Global Property Guide.

2. Os aluguéis de escritórios de alto padrão estão entre os mais altos do mundo. O aluguel de edifícios comerciais de altíssimo padrão, voltados para abrigar escritórios de grandes empresas, também já está entre os mais custosos do mundo. Os maiores aluguéis na cidade de São Paulo são cobrados na região da avenida Faria Lima. Segundo a Colliers, para se instalar perto do shopping Iguatemi, por exemplo, uma empresa vai precisar pagar 200 reais mensais por metro quadrado.

3. O crédito imobiliário cresce tão rápido que pode faltar dinheiro. Há poucas fontes de financiamentos para que os bancos levantem dinheiro e continuem emprestando. Hoje o “funding” dos bancos é basicamente formado por recursos da caderneta de poupança e do FGTS que deverão estar esgotados até 2013 e será necessário encontrar outras formas de captação de dinheiro barato. Mais de 1 milhão de residências foram financiadas no último ano. Segundo números da Abecip, os empréstimos para a compra de imóveis cresceram 65% em 2010. Os bancos estão mais agressivos na concessão de financiamentos com prazo de pagamento de 30 anos e entrada de apenas 10% do valor do imóvel.

4. Comprar imóveis residenciais para alugar virou mau negócio. O valor do aluguel - que já chegou a 1% do preço do imóvel - é hoje proporcionalmente muito baixo quando comparado ao preço de venda das propriedades. Em média, 0,57% de seu valor em São Paulo e 0,43% do valor do imóvel no Rio de Janeiro.ao mês.

5. Especialistas já falam em bolha das salinhas comerciais. Milhares de pessoas investiram suas poupanças na compra de salinhas comerciais ou escritórios de 40 a 200 metros quadrados em São Paulo, com a expectativa de conseguir aluguéis equivalentes a 1% do preço do imóvel ao mês por longos períodos. Muitos se endividaram e correm o risco de não ter recursos para pagar o preço no momento da entrega. A onda das salinhas está sendo comparada à bolha dos flats de 20 anos atrás. Na década de 1990, muita gente comprou esse tipo de produto em busca de aluguéis vantajosos. Anos depois, milhares de flats que esperavam vazios a chegada de um locatário tiveram de ser reformados e transformados em apartamentos.

6. Os preços sobem apesar dos juros em alta. Os juros são utilizados para desmontar bolhas: se o investidor pode conseguir uma boa remuneração com papéis de renda fixa em que o risco é próximo de zero, por que se aventurar a especular com ações ou imóveis? Apesar disso, o mercado imobiliário andou na contramão e não se importou muito com o aperto monetário. Com 1 milhão de reais na poupança, o investidor obtém rendimento líquido e certo de 6 mil reais por mês, de outro lado, um imóvel comprado com o mesmo dinheiro pode ser alugado por 3.000 ou 4.000 reais. Os preços dos imóveis cairão à medida que as pessoas percebam essa distorção.

Quem quiser ler a matéria na integra pode acessar    http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/6-sinais-de-que-pode-haver-uma-bolha-imobiliaria-no-brasil?p=2#link
[Fonte: Revista Exame.com, 21 jun. 2011, acesso em 1º jul. 2011]